ENSAIOS DE PIEZOCONE (CPTU)
Os ensaios de Piezocone (CPTU), popular há muitos anos na Europa e nos Estados Unidos, é hoje uma das principais ferramentas de sondagens utilizadas no Brasil.
Além da rapidez e praticidade do ensaio, este equipamento tem uso compatível com variadas condições geológicas, permitindo identificação estratigráfica de forma quase instantânea.
O ensaio consiste na cravação estática, em velocidade constante, de cone instrumentado com três sensores:
Este último sensor é provido de elemento poroso previamente saturado e por meio dele pode-se realizar, conjuntamente ao ensaio CPTu, ensaios de dissipação da pressão neutra, obtendo-se dessa forma propriedades da permeabilidade do solo ensaiado.
Os ensaios CPTu podem ser utilizados para avaliação, através de correlações, de parâmetros como:
A cravação do piezocone é feita por perfuratriz hidráulica e os resultados são obtidos em tempo real, transmitidos à computador em campo.
A Damasco Penna opera os ensaios CPTu desde 2007, contando com equipes qualificadas e equipamentos calibrados, realizando os ensaios conforme padrões internacionais da ISO-22476.
Para conhecer mais sobre este ensaio, recomendamos a leitura do manual “Guide to Cone Penetration Testing” do Prof. Peter Robertson.
Veja também artigos em nosso site sobre:
Dissipação em ensaios CPTU
Ensaios CPTU nearshore
O Dilatômetro de Marchetti - DMT (Dilatometric Marchetti Test) é utilizado mundialmente desde 1975, sendo considerada uma das mais precisas ferramentas de ensaios “in situ” para previsão de recalques e estimativa do módulo de elasticidade (E) das camadas prospectadas. Com execução rápida e simples, pode ser utilizado em praticamente todos os tipos de solo. O ensaio é normalizado pelo Eurocode 7 e ASTM D6635 – 01(2007) Standard Test Method for Performing the Flat Plate Dilatometer.
O teste consiste na cravação de ponteira metálica, com interrupções desta cravação a cada 20 cm. Nestas interrupções, é introduzido gás nitrogênio que expande a membrana metálica da ponteira contra o terreno.
Dessa expansão, registram-se em manômetro de precisão duas leituras: a primeira quando a dilatação da membrana “vence” o esforço de compressão do terreno, e a segunda quando esta deforma o solo de 1,1mm.
Por ser um teste realizado “in-situ”, permite obtenção de valores em diversos pontos do terreno e em variadas profundidades.
Módulo sísmico
Em conjunto com os ensaios dilatométricos DMT podem ser realizados ensaios sísmicos por meio de módulo adaptado ao sistema tradicional.
Este módulo tem dois sensores (geofones) espaçados de 50cm que registram em tempo real a velocidade de onda cisalhante vs permitindo a obtenção do módulo de deformação em baixas tensões G0.
Para mais informações sobre o módulo sísmico: www.damascopenna.com.br/sdmt
Para mais informações e bibliografia sobre este ensaio: www.marchetti-dmt.it
VANE TESTS (ENSAIOS DE PALHETA)
Os vane tests, ou ensaios de palheta, tem por finalidade a determinação da resistência ao cisalhamento de argilas moles saturadas, submetidas à condição de carregamento não drenado (Su).
Este teste, normatizado pela ABNT NBR 10905/89 e ASTM D2573-08, consiste na cravação estática de palheta de aço, com secção transversal em formato de cruz com dimensões padronizadas, inserida até a posição desejada para a execução do teste.
A ponteira é cravada, utiliza o sistema duplo de hastes, visa eliminar qualquer atrito da haste da palheta de teste com o solo e elimina interferências nas medidas de resistência.
Uma vez posicionada, aplica torque à ponteira por meio de unidade de medição, com velocidade de 6 graus / minuto. O torque máximo permite a obtenção do valor de resistência não drenada do terreno, nas condições de solo natural indeformado.
Posteriormente, para obtenção da resistência não-drenada, representativa de uma condição pós-amolgamento da argila, gira-se a palheta rapidamente por 10 voltas consecutivas, obtendo-se a resistência não drenada do terreno nas condições de solo “amolgado”, permitindo avaliar a sensibilidade da estrutura de formação natural do depósito argiloso.
O equipamento utilizado pela Damasco Penna é do tipo “A”, controlado eletronicamente, garantindo resultados e leituras precisas.
Resultados
Através dos ensaios de palheta (Vane Test), podem-se obter os seguintes resultados:
Vane Test da fabricante Holandesa Ap Vd Berg
Exemplo de resultado
ENSAIOS PRESSIOMÉTRICOS (PMT)
Desenvolvido na França na década de 50, o pressiômetro do tipo Ménard (PMT) consistem na inserção em um pré-furo de sonda pressiométrica e deformação radial de membrana por meio de inserção de gás nitrogênio.
É obtida curva de tensão x deformação do solo prospectado, fornecendo as seguintes informações:
Estes resultados permitem avaliar através de correlações os seguintes parâmetros:
O ensaio é normalizado pela ASTM D4719 -Standard Test Method for Prebored Pressuremeter Testing in Soils e Eurocode 7
SONDAGENS A PERCUSSÃO (SPT)
A Sondagem a Percussão (SPT-T), é atualmente a forma mais tradicional de investigação geotécnica no Brasil, sendo realizada por centenas de empresas em todo o território nacional. Padronizada pela norma ABNT NBR-6484, que encontra-se em processo de revisão, possibilita a obtenção de amostras de solo, medida de resistência (SPT), leitura do lençol freático, além de possibilidade de leitura do torque durante a realização do ensaio.
SONDAGENS SPT MECANIZADAS
Seguindo tendência de outros países bem como atendimento à demandas nacionais de clientes específicos, a Damasco Penna conta com equipamentos que realizam este ensaio de forma mecanizada, com martelo automático de SPT e perfuração por meio de trados helicoidais vazados. Tal processo garante maior precisão, ganho de produtividade, mais segurança dos operadores e perfuração sem água, possibilitando leitura precisa de nível do lençol freático.
SONDAGENS ROTATIVAS
As sondagens rotativas são utilizadas para estudo de maciços rochosos, por meio de coleta e classificação de testemunhos de rocha.
Estas sondagens são realizadas com perfuratrizes mecanizadas que por meio de injeção de água sobre pressão e rotação de coroas diamantadas, realiza a coleta das amostras em diferentes profundidades.
Consulte nossa equipe sobre ensaios em sondagens, como Ensaio de Lugeon, entre outros.
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
O relatório de sondagens rotativas apresentará, além da descrição e classificação dos materiais encontrados, o índice de resistência SPT (nos trechos em solo), leituras do nível do lençol freático e porcentual de recuperação e índice de RQD (trecho em rocha). Complementarmente, no trecho em rocha são apresentadas fotografias das amostras para adequada identificação dos testemunhos.
Relatório de sondagens rotativas
COLETA DE AMOSTRAS
As possibilidades de amostragem de solo são diversas e dependem do objetivo da análise a ser realizada em laboratório, tipo de solo coletado, profundidade de amostragem, resistência do solo, entre outras variáveis.
Com o passar dos anos, adquirimos capacidade técnica para a obtenção de tipos diversos de amostragens, sejam coletadas de forma manual ou por meio de perfuratrizes hidráulicas, com objetivos de análises físicas e químicas das amostras coletadas.
A seguir descrevemos algumas formas de obtenção de amostras de solo para ensaios laboratoriais. Consulte nossa equipe para outros tipos de coletas e amostragens.
AMOSTRADOR TIPO SHELBY
O amostrador tipo "Shelby" é utilizado para coleta de amostras indeformadas de solos finos (argilas e siltes argilosos) de baixa consistência. Estas amostragens são realizadas seguindo padrão Brasileiro (ABNT NBR 9820) e americano (ASTM D 1587).
A técnica de coleta consiste na perfuração mecanizada por meio de trados vazados "hollow auger" e conjunto de hastes internas as quais impossibilitam entrada de solo nos trados durante a perfuração. Atingida a cota de coleta, insere-se o amostrador "Shelby" que é cravado de forma estática. Dependendo do tipo de solo, para garantir a qualidade da amostra é possível o uso do amostrador com pistão estacionário "Piston Sampler".
Amostrador tipo "pistão estacionário"
AMOSTRADOR TIPO DENISON
Este amostrador é utilizado na coleta de amostras indeformadas de solos mais resistentes, quais sejam aqueles rijos e compactos em que não é possível a coleta com o amostrador "Shelby".
O amostrador consiste em barrilete triplo dotado de sapata cortante de vídea. A camisa externa é cravada no terreno com sonda rotativa e injeção de água.
Detalhe do amostrador tipo Denison
AMOSTRADOR TIPO “CORTE CONTÍNUO”
Este equipamento foi desenvolvido pelaa Damasco Penna com o objetivo de coletar amostras “quase indeformadas” de solo em aterros compactados. O amostrador “corte contínuo” possui parede grossa e é cravado no solo de forma dinâmica, por meio de martelete pneumático, cortando o solo de forma contínua e dinâmica.
As amostras são coletadas com 3 polegadas de diâmetro em tubos internos de PVC. No acondicionamento final é utilizada parafina para manutenção da umidade natural até a chegada ao laboratório. Nestas amostras são possíveis ensaios como o "Mini-Proctor", balança hidrostática e obtenção do teor natural de umidade, permitindo desta forma determinação do grau de compactação de aterros mesmo em camadas profundas, que seriam inacessíveis às formas tradicionais de coletas, como poços de inspeção.
Amostrador tipo "corte contínuo"
INSTRUMENTAÇÃO GEOTÉCNICA
Os projetos geotécnicos guardam, por sua natureza, incertezas e riscos não observados em outras áreas da engenharia civil.
Os solos e rochas, por sua heterogeneidade, comprotam-se de maneira distinta e por vezes imprevisível mesmo com boa campanha de investigação geotécnica, requerendo ao engenheiro geotécnico assumir características comportamentais em projeto eventualmente distintas daquelas observadas em campo.
Nesta seara, os serviços de instrumentação geotécnica objetivam monitoramento e registro de deformações, pressões e deslocamentos de obras geotécnicas e de infraestrutura, por meio de instalação de sensores diversos e leituras de inclinômetros, marcos superficiais, piezômetros, entre outros.
Contamos com o diferencial de possuirmos perfuratrizes próprias, aptas a instalar instrumentos em diversos tipos de terreno, bem como técnicos especializados na leitura e monitoramento dos locais instrumentados.
Utilizamos equipamentos GEOKON, renomado fabricante norte-americano com cerca de 40 anos de experiência na fabricação de sensores e equipamentos de instrumentação. Consulte nossa equipe para informações sobre instrumentos e automação de leituras.
SONDAGENS AMBIENTAIS
As investigações geo-ambientais possibilitam a determinação da existência de contaminantes no solo e água subterrânea. Desde 2007, prestamos serviços como instalação de poços de monitoramento, coleta de solo para fins ambientais, coleta de água subterrânea, entre outros.
Este tipo de trabalho requer uso de ferramentas e equipamentos limpos e adequadamente descontaminados, garantindo confiabilidade na amostragem e evitando eventuais contaminações cruzadas.
Disponibilizamos aos nossos clientes perfuratrizes com capacidade de instalação de poços de monitoramento e remediação com mais de 100m de profundidade, em solo e rocha, bem como coleta de solo e água pelo método “direct push” em diversos tipos de plantas e diferentes formações geológicas.
Investigações geo-ambientais com equipamento Geoprobe 6625CPT
Liners acrílicos para coleta e análise de solo
ENSAIOS LABORATORIAIS DE SOLOS
A Damasco Penna conta com laboratórios para diversos tipos de ensaios em solos, desde a caracterização simples a laboratórios móveis para controle tecnológico de terraplenagem.
Nossos equipamentos contam com rigoroso cronograma de manutenções e calibrações e nossas equipes estão aptas a realizar ensaios como:
Controle de compactação de aterros com ensaios Hilf:
SÃO PAULO
Alameda Rio Negro, 1105 – 1º andar – cj. 11
Alphaville – SP – Brasil
Tel: 11 4195-8385 damasco@damascopenna.com.br