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DILATÔMETRO DE MARCHETTI (DMT)

Utilizado em mais de 40 países, o Dilatômetro de Marchetti (DMT) é uma excelente ferramenta de investigação geotécnica, especialmente para a obtenção de parâmetros de deformabilidade dos solos.

O equipamento é simples e robusto e conta com vasta bibliografia publicada.

Dilatômetro de Marchetti – Detalhes do ensaio

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Ensaios com o Dilatômetro de Marchetti (DMT)

 

Damasco Penna Engenharia Geotécnica

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SOBRE O DILATÔMETRO DE MARCHETTI

O “Dilatômetro de Marchetti”, “DMT” ou “Flat Dilatometer Test” é uma das principais ferramentas de investigação geotécnica “in-situ” da atualidade.

Este ensaio foi desenvolvido pelo professor Silvano Marchetti, na Itália, em 1974 e hoje é utilizado em mais de 80 países.

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Prof. Silvano Marchetti (1943-2016), inventor do “Flat Dilatometer”, ou “Dilatômetro de Marchetti – DMT”.

Trata-se de ensaio de execução simples, rápida, que fornece perfilagem semi-contínua do solo (informações a cada 20cm), podendo gerar resultados em tempo real.

À partir dos seus resultados é possível estimar parâmetros geotécnicos clássicos, conforme veremos à seguir, com destaque àqueles utilizados para a previsão de recalques e estimativa dos módulos de deformabilidade das camadas prospectadas.


DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO

O equipamento de DMT consiste em ponteira de aço inoxidável em formato de cunha. Em um dos seus lados, está montada uma membrana circular de aço inoxidável.

Esta ponteira conecta-se a uma unidade de controle, que estará na superfície do terreno durante o ensaio. Esta unidade de controle realizará leituras de pressão, conforme veremos adiante.

A conexão da ponteira e unidade de controle é feita por meio de cabos pneumático-elétricos (transmitem pressão do gás e sinal elétrico). Este cabo passa por dentro dentro das hastes utilizadas para a cravação da ponteira.

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Equipamentos de ensaios com o Dilatômetro de Marchetti (DMT)

 

DESCRIÇÃO DO ENSAIO DMT

Para a realização do ensaio, a ponteira DMT é avançada no solo usando perfuratrizes hidráulicas (ou outro equipamento que possa cravar a ferramenta), por meio de conjunto de hastes metálicas.

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Perfuratriz de cravação estática Geoprobe 6625CPT..

A cada 20cm a cravação é interrompida para que o ensaio em si seja realizado. Neste momento, inicia-se a inserção de gás nitrogênio pelos cabos pneumáticos. A membrana da ponteira começa a dilatar-se contra o solo e então são realizadas duas leituras:

  • A primeira leitura é a pressão “A”, necessária para mover a membrana metálica contra o solo.
  • A segunda leitura é a pressão “B”, necessária para que a membrana mova-se 1,1mm contra o solo.

Uma terceira leitura “C” pode ser realizada opcionalmente, sendo aquela do esvaziamento da membrana logo após a leitura “B” (não trataremos da leitura “C” neste texto).

No vídeo abaixo mostramos a obtenção das leituras “A” e “B”, bem como a disposição do ensaio.

CORREÇÃO DAS LEITURAS “A” E “B”

Antes de iniciar os ensaios, a cada nova sondagem, com a ponteira fora do solo, são medidas as leituras de correção ΔA e ΔB, Estas medidas são realizadas ao ar livre de forma a conhecermos a resistência da membrana em si.

Essas leituras são popularmente chamadas de “calibração” do equipamento (na verdade tratam-se da medida da tara da membrana).

Na prática, essas duas leituras são realizadas inserindo-se pressão no sistema por meio de uma seringa (conforme vídeo abaixo).

A leitura ΔA será a pressão necessária para que a membrana “encoste” no disco interno da ponteira e a leitura ΔB aquela necessária para dilatar a membrana em 1,1mm.

As leituras de pressão “A” e “B” serão então corrigidas por estas medidas ΔA e ΔB. Quando “descontamos” essas medidas, removemos a rigidez da membrana, obtendo assim o que seriam as leituras “líquidas”, sem interferência da rigidez da membrana metálica.

Essas leituras corrigidas são denominadas respectivamente p0 e p1.

No vídeo abaixo mostramos a obtenção das leituras ΔA e ΔB, utilizadas para obtenção de p0 e p1.


PARÂMETROS INTERMEDIÁRIOS

A partir das leituras p0 e p1, por meio de definições, são obtidos os parâmetros intermediários dos ensaios DMT. Estes parâmetros, IdKdEd e Ud tem significados bastante específicos em relação às propriedades geotécnicas e dos solos.

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Parâmetros intermediários obtidos à partir das leituras de campo.

PARÂMETROS GEOTÉCNICOS INTERPRETADOS

A etapa final será usar os parâmetros intermediários como “ingredientes” , nas fórmulas estabelecidas por correlações por Marchetti (1980), para a obtenção dos parâmetros geotécnicos clássicos, utilizados no dia dia de projetos geotécnicos.

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Abaixo, listamos as fórmulas utilizadas para a obtenção dos parâmetros intermediários e dos parâmetros geotécnicos clássicos.

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Ensaios DMT – Fórmulas de obtenção de parâmetros

 


EXEMPLOS DE RESULTADOS DE ENSAIOS

Abaixo, para fins de exemplo, disponibilizamos resultados e ensaios DMT realizados na região de Guarulhos / SP.

 


REFERÊNCIAS NORMATIVAS

Em relação às normas e procedimentos, os ensaios DMT caracterizam-se como ensaio muito bem padronizado.

Abaixo listamos as normas e padrões internacionais que regulamentam o ensaio.

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Normas e padrões internacionais para os ensaios DMT

OUTRAS REFERÊNCIAS

SITE DO FABRICANTE

O site do fabricante e desenvolvedor do ensaio, Studio Marchetti, é bastante completo, com instruções do ensaio e vastas referências bibliográficas.

 

PALESTRA ENG. DIEGO MARCHETTI

Neste evento, o Eng. Diego Marchetti, atual CEO do Studio Marchetti, explica de forma bastante didática sobre os ensaios DMT, SDMT e Medusa.


ARTIGOS RECOMENDADOS

Como forma introdutória aos ensaios DMT, dentro da vasta bibliografia disponível no site do fabricante (www.marchetti-dmt.it) , recomendamos estes dois abaixo, com notas introdutórias, explicações sobre o funcionamento do equipamento e formas de interpretação dos resultados.

A ponteira DMT é conectada à caixa de controle por meio de cabos elétricos-pneumáticos, que transmitem pressão e eletricidade.

Quando a ponteira é cravada no solo, fecha-se circuito com o contato da membrana na ponteira, gerando sinal áudio visual.

A primeira leitura, “A”, é obtida assim que o sinal cessa, pelo descolamento da membrana da ponteira.

A segunda leitura “B” é realizada assim que o sinal áudio-visual retorna, indicando a dilatação de 1,1mm da membrana metálica, conforme esquematizado abaixo:

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